CONSELHO MUNDIAL DE IGREJAS
8a. Assembléia e Cinqüentenário

PRESS RELEASE
Comunicado de Imprensa No. 36
14 de dezembro de 1998

Oficina de Comunicação do Conselho Mundial de Igrejas
50, route de Ferney PO Box 2100, 1211 Geneva 2 Switzerland


CMI VAI CONCLAMAR IGREJAS PARA QUE SE ENGAJEM NA LUTA CONTRA A VIOLÊNCIA

O Conselho Mundial de Igrejas (CMI) vai conclamar as igrejas, no ano 2000, para uma "Década para a Superação da Violência", depois de ter encerrado, este ano, a Década de Solidariedade das Igrejas com as Mulheres. Asmulheres e as crianças são as maiores vítimas da violência. A resolução foi tomada hoje nas últimas plenárias da 8a. Assembléia Geral do organismo ecumênico internacional, que esteve reunido em Harare, capital do Zimbábue, de 3 a 14 de dezembro, sob o tema "Voltem-se para Deus. Regozijem-se na Esperança".

Numa declaração também aprovada hoje, o CMI defende um acordo definitivo sobre Jerusalém, cidade santa para cristãos, judeus e muçulmanos. O organismo ecumênico internacional entende que o acesso aos lugares sagrados, edifícios e locais de peregrinação devem ser livres, garantindo-se a liberdade de culto para crentes de todas as religiões. Jerusalém, entendem os cristãos agrupados no CMI, deve ser uma cidade aberta e sem exclusões. Os palestinos devem ter o livre acesso a Jerusalém assegurado, diz o documento.

A mundialização foi outro tema da pauta do CMI nas plenárias de hoje. Um documento de estudo cita que o Banco Mundial concluiu que o número de países com crescimento econômico negativo aumentou de 21 para 36 em 1998, e que as políticas fiscais adotadas e os juros geraram custos sociais muito acima dos previstos originalmente. Só uma pequena parte do 1,5 bilhão de dólares que passam pelos mercados investidores a cada dia são investidos em atividades econômicas básicas. O documento destaca que os meios de comunicação, que contribuem para o processo de mundialização, fomentam uma "monocultura consumista".

No culto de encerramento da 8a. Assembléia Geral, o pastor metodista uruguaio Emílio Castro, ex-secretário-geral do organismo ecumênico, disse, na pregação, que através de documentos que se aprova em favor dos direitos humanos, de lutas por libertação, pessoas, cheias de esperança, buscam novos caminhos para o futuro num mundo de conflitos e de confusão. Na verdade, assinalou, "não pregamos por nós mesmos, mas proclamamos um Deus compassivo, do qual somos apenas seus servidores". Pessoas vêem na Igreja uma aliada, como um poder que sobrepassa as possibilidades humanas. É o poder de Deus que atua, que transforma, e o mundo precisa conhecer essa experiência e esse Deus misericordioso, proclamou.

No culto de encerramento foram admitidas, simbolicamente, as sete novas igrejas que integram o CMI, que passa a ter, agora, 339 igrejas-membros, de 120 países. Os oito presidentes e os 150 eleitos para o Comitê Central do CMI também foram simbolicamente empossados nessa celebração presidida pelo moderador do organismo ecumênico, sua santidade Aram I. No final do culto, já noite em Harare, todos os participantes, depois de receberem as bênçãos do envio, partiram em procisão portando uma vela.

Contacte: John Newbury, Imprensa & Informação do CMI
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O Conselho Mundial de Igrejas é uma fraternidade de igrejas que reúne 339 denominações, de diferentes tradições cristãs, em mais de 100 países, nos cinco continentes. A Igreja Católica Romana não é membro do CMI, mas trabalha de modo cooperado com o Conselho. Seu órgão decisório máximo é a Assembléia, que se reúne a cada sete anos. O CMI foi fundado, formalmente, em 1948, em Amsterdã. Seu staff é liderado pelo secretário-geral, pastor Konrad Raiser, da Igreja Evangélica da Alemanha.


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