CONSELHO
MUNDIAL DE IGREJAS 8a. Assembléia e Cinqüentenário
PRESS RELEASE
Oficina de Comunicação do Conselho Mundial de
Igrejas |
O organismo ecumênico internacional está convencido que o processo de paz iniciado pela Agência Intergovernamental para o Desenvolvimento (IGAD, a sigla em inglês) constitui-se na maior esperança para alcançar aquele objetivo. A Declaração de Princípios da IGAD estabelece uma base viável para a paz no Sudão, diz uma declaração do CMI aprovada hoje.
O moderador e o secretário-geral do CMI, sua santidade Aram I e o pastor Konrad Raiser, reagiram com veemência, no dia 12 último, ao atentado à bomba ocorrido nas imediações da catedral católica de Narus, pastoreada pelo bispo Paride Taban. O bispo foi o pregador, a convite do CMI, na celebração realizada no estádio de Harare, quando enfatizou que "as guerras na África não são da nossa vontade".
O atentado teria sido uma resposta ao sermão do bispo. Mesmo antes de receber informações mais precisas, "condenamos, em todos os casos, esse ato de violência dirigido aparentemente contra o bispo Paride", dizem os líderes do CMI em carta remetida ao ministro das Relações Exteriores do Sudão, Mustafa Ismail Usman.
Aram e Kaiser pedem que o governo do Sudão tome medidas imediatas para garantir a segurança pessoal do bispo Taban, e que identifique e puna os atores do atentado. Existe a suspeita de que os autores do atentado integrem unidades do exército sudanês.
A guerra civil no Sudão dura 43 anos, colocando em confronto a parte sul com o norte do país. O conflito já matou mais de 1 milhão de pessoas e obrigou um número incontável de sudaneses a migrarem. A economia do país está falida e a fome ameaça a população civil. A guerra tem gerado violações de direitos humanos, expropriação de terras e escravização de mulheres e de crianças.
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