CONSELHO
MUNDIAL DE IGREJAS 8a. Assembléia e Cinqüentenário
PRESS RELEASE
Oficina de Comunicação do Conselho Mundial de
Igrejas |
Aplaudido demoradamente ao ingressar no salão principal da Universidade de Harare, Mandela foi convidado a subir ao palco antes de falar, quando dançou acompanhando o coral Imilonji Kantu, da África do Sul. "Minha formação é fruto da educação recebida na Igreja. Sem ela eu não estaria aqui. Reconheço que nunca terei palavras suficientes aos missionários pelo que eles fizeram por nós", declarou. Ele pediu a cooperação de todos para que a herança do subdesenvolvimento não deixe a África à margem da economia mundial.
Disse que cancelou todos os demais compromissos para participar, em Harare, da festa do cinqüentenário do CMI, em reconhecimento ao apoio recebido. "O CMI foi uma voz a insistir na comunidade internacional que os direitos humanos são direitos de todos os povos", assinalou, acrescentando depois: "Para nós, na África meridional e talvez em todo o continente, o CMI é conhecido como o defensor dos oprimidos e explorados". Pela solidariedade ativa emprestada à África do Sul o povo sempre vai lembrar o organismo ecumênico com gratidão, afirmou.
Mandela lembrou que há 30 anos o Conselho iniciava o Programa de Combate ao Racismo, que apontou novas direções para o futuro. "Hoje o CMI é chamado a mostrar o mesmo engajamento numa nova luta, muito mais difícil, por desenvolvimento e estabelecimento da democracia". A África, disse, sonha com o renascimento de um continente que supere o legado do passado devastador, assim que paz, direitos humanos, democracia, crescimento e desenvolvimento se tornem uma realidade viva para todos os africanos.
O líder da luta contra o "apartheid" admitiu que os conflitos no Congo, em Angola e no Sudão preocupam, pois, num mundo interdependente, como o atual, o impacto desses conflitos se faz sentir também nas vizinhanças, trazendo instabilidade, migrações, e tirando recursos da área social. Declarou, contudo, que a África tem líderes capazes de buscar as soluções para os problemas africanos. A maioria dos países do continente vive em paz e desde 1990 a África viu a realização de mais de 40 eleições democráticas. "No final do século, a paz é a maior arma do desenvolvimento", enfatizou.
Depois de um passeio histórico pela trajetória do CMI nos 50 anos de atividades, o ex-secretário-geral desse organismo ecumênico, Dr. Phillip Potter, afirmou que o século XX é o século dos extremos, período em que foram produzidas e usadas as armas mais letais que a humanidade já teve, e, apesar de o mundo estar convertido numa aldeia global graças aos meios de comunicação, ele está dividido economicamente entre o Norte e o Sul. Potter frisou que o CMI e o movimento ecumênico prepararam estudos, nesse período, que produziram mudanças em vários aspectos da condição humana, derrubando barreiras entre pessoas.
No final da tarde, sob uma tenda circense, quatro mil pessoas, entre representantes de igrejas, observadores, assessores e convidados renovaram, numa celebração litúrgica, o compromisso ecumênico para a virada do milênio. Dezenas de líderes religiosos trocaram entre si as cruzes que simbolizam o seu ministério pastoral. Todos os participantes dessa celebração receberam uma cruz confeccionada em arame, para que não esqueçam o compromisso assumido com a África na busca por paz com justiça.
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a cada sete anos. O CMI foi fundado, formalmente, em 1948, em Amsterdã. Seu staff é
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