CONSELHO
MUNDIAL DE IGREJAS 8a. Assembléia e Cinqüentenário
PRESS RELEASE
Oficina de Comunicação do Conselho Mundial de
Igrejas |
O reverendo Douglas Torr, da Igreja Anglicana da África do Sul, gay declarado, defendeu uma teologia da homossexualidade e disse que a Igreja deveria escutar gays e lésbicas, pois são pessoas que também amam Jesus. "O fundamento teológico ao qual recorro como homossexual é o amor. Creio que Deus nos criou iguais", disse um jovem. É preciso abrir a mente para outras formas de vida sexual, defenderam gays e lésbicas.
Já a pastora Lois Wilson, da Igreja Unida do Canadá, entede que a sexualidade deveria estar na pauta das igrejas, mesmo desconsiderando a pressão de grupos homossexuais. "Na América do Norte não falamos de sexo. As mulheres estão tocando no tema por causa do problema do abuso sexual. Na minha experiência, espiritualidade e sexualidade são uma coisa só", assinalou.
No debate do tema, participantes do "padare" disseram que muita gente está mrorendo em conseqüência do estigma contra a homossexualidade. Algumas pessoas cometem suicídio ao serem forçadas a rejeitar sua sexualidade, enquanto outras morrem de aids. O silêncio sobre o assunto "é mortal", referiu-se outro participante. O grupo alega que as igrejas fracassaram na abordagem da sexualidade. "Se as igrejas não começarem a falar sobre o assunto, as relações entre pessoas do mesmo sexo vão ficar sempre num segundo plano", admoestou.
Já no plano oficial e formal, a 8a. Assembléia não aceitou o pedido de ingresso da Igreja Celestial de Cristo, da Nigéria, como membro filiado à comunhão do CMI. Essa denominação nigeriana aceita a poligamia entre os fiéis, embora aos seus pastores seja proibido terem mais de uma esposa. Temas do campo ético são muito sensíveis nessa Assembléia, especialmente pela posição das igrejas ortodoxas e dos evangelicais a respeito de assuntos vinculados à sexualidade humana.
Fora da agenda oficial da 8a. Assembléia foram ofertados 400 "padares", em três dias, que versaram sobre os mais diferentes temas, desde assuntos vinculados à ética e à vida das igrejas, até às propostas de ONGs e projetos do CMI.
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