CONSELHO
MUNDIAL DE IGREJAS 8a. Assembléia e Cinqüentenário
PRESS RELEASE
Oficina de Comunicação do Conselho Mundial de
Igrejas |
"Esta assembléia do Jubileu nos chama a reafirmar o nosso compromisso ecumênico comum para crescermos e avançarmos juntos com valentia e humildade, e com uma visão clara", apelou Aram I. Para o secretário-geral do CMI, pastor Konrad Raiser, que também constata a crise instalada no movimento ecumênico, o futuro do cristianismo e do ecumenismo serão construídos na África e na América Latina. "Tudo leva a crer que no início do século XXI a África será o continente com a maior população cristã. Mas tambéem é na África onde se manifesta com maior claridade a desordem do atual sistema mundial, a marginalização e fragmentação de sociedades inteiras", apontou Raiser no relatório levado à Assembléia.
O CMI completa 50 anos em 1998 e está num momento de grandes incertezas. Ele se constitui, hoje, na expressão institucional mais global e representativa do movimento ecumênico, embora não o esgote. Tanto Raiser como Aram I historiam, nos relatórios, a trajetória desse organismo e perguntam se os cristãos estão dispostos, depois de caminharem juntos nesses 50 anos, a permanecerem juntos, como declararam na Assembléia constitutiva do Conselho, em Amsterdã. "Creio firmemente que o futuro do movimento ecumênico está nos jovens comprometidos e visionários, não nas estruturas e nos programas", assinalou o líder ortodoxo. Os jovens, explicou, "não querem ser prisioneiros das estruturas. Eles querem ir além dos sistemas, das metodologias, dos procedimentos e dos programas estabelecidos".
Em 1948, quando foi criado o CMI, o mundo saia de uma grande guerra e se defrontava com enormes incertezas. "Em 1998 não estamos em melhor situação", admite Aram I. Embora o número de igrejas que aderiram ao CMI tenha crescido nos últimos tempos, a unidade visível ainda é um sonho distante e a comunhão de mesa e altar uma meta não alcançada. Mas nesses 50 anos, o Conselho foi uma fonte de esperança para os desenraizados, as vítimas da discriminação e opressão racial, para os que lutam por justiça e dignidade, para mulheres e para todos os marginalizados de igrejas e sociedades. Num compromisso ecumênico voltado ao século XXI, "temos que fazer que a Igreja seja, em todo lugar, a voz dos que não têm voz, e um lugar acolhedor para todos", propos Raiser.
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O Conselho Mundial de Igrejas é uma fraternidade de igrejas que
reúne 332 denominações, de diferentes tradições cristãs, em mais de 100
países, nos cinco continentes. A Igreja Católica Romana não é membro do
CMI, mas trabalha de modo cooperado com o Conselho. Seu órgão decisório
máximo é a Assembléia, que se reúne a cada sete anos. O CMI foi
fundado, formalmente, em 1948, em Amsterdã. Seu staff é liderado pelo
secretário-geral, pastor Konrad Raiser, da Igreja Evangélica da Alemanha.
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