CONSELHO
MUNDIAL DE IGREJAS 8a. Assembléia e Cinqüentenário
PRESS RELEASE
Oficina de Comunicação do Conselho Mundial de
Igrejas |
A atuação dos cristãos, reforçou o teólogo japonês Kosuke Koyama, deve ser visível num mundo onde a pobreza de milhões de crianças, o racismo, as metralhadoras e o fosso que separa ricos e pobres ficam cada vez mais evidentes. "Nossa resposta a essas realidades têm que ser visíveis. A graça não pode atuar num mundo de invisibilidades", afirmou. Já o arcebispo ortodoxo Anastasios, de Tirana e de toda Albânia, lembrou que a Igreja não pode se fechar em si mesma. "Com sua oração, mensagem, interesse e ação, ela faz suas todas as dores da humanidade", arrolando aí a exploração de pessoas, as múltiplas formas de opressão das mulheres e das crianças, os conflitos locais, as injustiças das finanças mundiais e as crescentes ameaças ecológicas.
Lembranças de acontecimentos extraordinários (anamnesis), conversão (metánoia) e a alegria da esperança foram os temas abordados, na plenária de hoje, pelos três teólogos, de diferentes famílias cristãs, ao se reportarem ao tema motivador - "Voltem-se a Deus. Regozijai-vos na esperança" - da 8a. Assembléia do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), reunido de 3 a 14 de dezembro em Harare, capital do Zimbábue. "Voltar-se a Deus significa voltar-se à humanidade e reconhecer o sofrimento, a dor e a morte que marcam o nosso tempo", disse a teóloga.
"Qual é a mensagem que damos ao mundo, quando cristãos não podem falar a uma só voz contra as injustiças da nossa época?" - questionou Wanda, 35 anos, professora de Teologia Feminista na Escola Superior de Teologia, em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Ao invés de lavar as mãos e pecar por omissão, ela sugeriu que os cristãos arrisquem uma palavra profética e "sujem" as mãos com a sociedade das pessoas pobres, das crianças que dormem nas ruas, das adolescentes que são jogadas à prostituição pelo turismo sexual, e dos drogados que não encontram sentido na vida.
Para o professor Kosuke Koyama, 69 anos, da Igreja Unida de Cristo do Japão, quanto mais desesperado o mundo se encontra, tanto mais apertado se torna o abraço vivificador de Deus. "Deus abarca o mundo todo com seus 7 mil dialetos e idiomas. Deus está aberto a todas as culturas e nações", assinalou. A Igreja está no mundo e a palavra de Deus para a Igreja é a palavra de Deus para o mundo, explicou, exortando em seguida: "Se não experimentarmos a esperança agora é possível que tampouco a experimentemos no futuro".
Mais de 4 mil pessoas, delegados de 332 igrejas protestantes, anglicanas e ortodoxas, estão reunidas em Harare, na celebração da 8a. Assembléia do CMI. No domingo, 13, esse organismo ecumênico internacional, que se entende como uma fraternidade de igrejas, vai festejar o cinqüentenário de fundação. O Conselho nasceu em 1948, em Amsterdã; ele é encabeçado por um Comitê Central formado por 150 pessoas e reúne-se em assembléia, órgão deliberativo máximo, a cada serte anos. A secretaria-geral, atualmente liderada pelo pastor luterano Konrad Raiser, da Alemanha, tem funções executivas. Esta Assembléia vai eleger um novo Comitê Central.
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O Conselho Mundial de Igrejas é uma fraternidade de igrejas que
reúne 332 denominações, de diferentes tradições cristãs, em mais de 100
países, nos cinco continentes. A Igreja Católica Romana não é membro do
CMI, mas trabalha de modo cooperado com o Conselho. Seu órgão decisório
máximo é a Assembléia, que se reúne a cada sete anos. O CMI foi
fundado, formalmente, em 1948, em Amsterdã. Seu staff é liderado pelo
secretário-geral, pastor Konrad Raiser, da Igreja Evangélica da Alemanha.
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